sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Quando se ama...




Rosas vermelhas, apelidos, cartões e declarações, o amor merece tudo!



É verdade, o amor é brega", já dizia Cazuza. São muitos os que compartilham desta idéia. Alguns afirmam torcendo o nariz, outros assumem que "amor de verdade é mesmo brega". Mas, é claro, há aqueles que não concordam com o rótulo e até se ofendem. Não importa, sendo cafona ou não, as pessoas geralmente sofrem uma transformação quando ficam apaixonadas. Começam a ver o passarinho verde, olhar a vida com lentes cor-de-rosa, sentir borboletas no estômago, sonhar acordada... Tudo muito comum quando falamos de amor e paixão. Vai dizer que você nunca passou uma noite ouvindo músicas românticas pensando no seu amado? Ou quis fazer uma espécie de "loucura de amor" para emocioná-lo? Acredite, você também tem um pezinho na breguice...


E o que dizer da forma como os enamorados costumam se tratar? Namorar quase sempre envolve beijos, carícias, sussurros, declarações inflamadas, flores, homenagens musicadas e apelidinhos carinhosos. Há pessoas que até estranham quando o parceiro ou parceira as chamam pelo nome - Opa! Tem alguma coisa errada... E as alcunhas podem ir muito além dos famosos "amor", "meu bem" e "princesa". "Costumo chamar meu namorado de amor, amorzinho, amorzão... Mas ele criou um apelido pra mim. Agora sempre me chama de 'pompom' ou 'pomponzinha'", conta a estudante de moda Pamela Navarro, 22 anos. Namorando há sete meses, ela afirma que o seu amado é muito romântico e que os dois sempre trocam cartas e mimos. "Ele já me deu dois buquês, um de rosas vermelhas e um de rosas colombianas, que me marcou muito. Mas ele não faz nada de chamativo em público", diz Pamela, que não vê nada de piegas nas atitudes de quem ama.
Se algum pretendente interessante e bem-apanhado cantar Princesa, sucesso do Amado Batista, para mim eu caso. No ato!
A fisioterapeuta Bia Fernandes, 28 anos, tem a mesma opinião. Ela adora agradar o namorado com presentinhos e surpresas, e admite ser uma romântica assumida. "Faço de tudo para demonstrar o que sinto. Por que tratar o outro com carinho seria brega? Eu, sinceramente, acho que isso é papo de quem não sabe amar. O que é legal, então? Ser frio, xingar e brigar?", questiona Bia que, em quatro anos de namoro, já passou por várias situações em que chegou às lágrimas. "Adoro ouvir músicas românticas. E meu namorado é compositor... No dia que ele escreveu uma música pra mim e cantou em uma roda de violão com amigos, chorei de emoção", revela.
Bia - ou "pituquita", para o namorado - confessa que não vê "breguice" nem mesmo em homenagens feitas por carros de som, que viraram mania há alguns anos. "Uma vez, uma colega minha recebeu um carro de mensagem na porta de casa e ficou morrendo de vergonha. Reclamou com o menino que tinha mandado, dizendo que aquilo era ridículo. Pois eu fiquei é com inveja!", diz, rindo.
O brega é pop
Roberto Carlos, Roberta Miranda, Agnaldo Timóteo, Waldick Soriano, Amado Batista, Elymar Santos, Wando... Todos eles fizeram sucesso cantando o amor da maneira mais rasgada possível. Cantores latinos, grupos de pagode e duplas sertanejas vendem milhões de CDs com canções românticas que vão da alegria de encontrar a alma gêmea à fossa de ser abandonado ou traído. Pode ser considerado piegas, mas é difícil não se identificar com pelo menos uma das letras. Por este motivo, essas músicas costumam ser tão populares - e, talvez por isso mesmo, sejam chamadas de "bregas".
A arquiteta Juliana Guido, 33 anos, é uma grande admiradora de nomes como Reginaldo Rossi, Falcão, Perla, Sidney Magal, Wando e muitos outros cantores que foram adorados nos anos 80 e depois ganharam o rótulo de "brega": "Se algum pretendente interessante e bem-apanhado cantar Princesa, sucesso do Amado Batista, para mim eu caso. No ato!", confessa Juliana, entre risos.
Juliana também é uma das que se rende a momentos de romantismo piegas. Ela conta que já deu presentes engraçados feitos por ela, como um gato de gesso pintado de azul, com a frase "Amo Você" escrita em dourado em meio a flores coloridas. "Ainda quero fazer uma serenata debaixo da janela de meu futuro amado. A música poderia ser Pra Nunca Mais Chorar, da Vanusa. Ou, quem sabe, algo mais impactante, como cantar O Amor e o Poder, da Rosana, usando um vestido de oncinha e um boá de penas preto?", brinca. Como se vê, a arquiteta acredita que o amor é brega, sim, pois incita as pessoas a exteriorizarem sentimentos. "O amor nos leva a fazer coisas que normalmente não faríamos por nossas próprias inibições. Quer desculpa melhor para se chamar uma pessoa amada com um apelido ridículo?", diz.
Eles também amam...
O psicólogo Aílton Amélio, autor do livro Para viver um grande amor (Ed. Gente), explica que há explicações bioquímicas para as mudanças que acontecem em uma pessoa quando ela se apaixona: "Há um estado de euforia, provocado pelo aumento da noradrenalina. O efeito é semelhante ao de uma droga. Mas isso é o que ajuda a despertar a atração entre os seres e a perpetuação da espécie", afirma ele, ressaltando que as substâncias envolvidas nesse processo químico agem também para estimular uma reação forte o suficiente para que a pessoa "rompa" com o grupo a que pertence (a família, por exemplo), a fim de se unir ao parceiro e formar outra família. De acordo com o psicólogo, as transformações comportamentais nos apaixonados são naturais. "Antes de se envolver com alguém, a pessoa tende a achar que certas coisas nunca aconteceriam, que não agiria de tal maneira, e até pode pensar que ser romântico é 'brega' etc. Mas quando entra na situação, tudo muda, e ela passa a ter atitudes comuns a outros casais. O mesmo ocorre com o sentimento maternal e paternal: uma pessoa pode não gostar de crianças e mudar de opinião ao ter um filho", esclarece Aílton.
E foi mais ou menos isso o que aconteceu com o estudante de direito Vilson de Marco, de 23 anos. Ao conhecer sua namorada, Rebecca, tudo mudou: "Antes eu dizia que eu era o ‘coração de pedra'. Hoje, quem me conhece pergunta, brincando, onde está esse coração de pedra. Eu me dedico a ela como nunca pensei que iria me dedicar a alguém", diz ele, que já namora há quase três anos. Nesse tempo, os dois sempre tentaram buscar maneiras diferentes de demonstrarem o amor um pelo outro. Algumas, inclusive, são bem curiosas: "Já fiz edições em vídeo de presente e dei uma ‘família' para ela", conta Vilson, referindo-se aos bichinhos de pelúcia que têm até nomes próprios. Palavrinhas como "bebê", "baby", "tchukis", "tchukinha" e "tchonga" também são habituais na convivência do casal - principalmente quando faladas com um tom de voz mais fino. Os amigos às vezes acham engraçado ou mesmo estranho, mas os dois se assumem apaixonados. E cafonas, por que não? "A gente é feliz. E como essa felicidade é brega, a gente é também!", admite.
Brega ou chique, o amor é lindo... E quem vai dizer que ele está fora de moda?


Autora do texto: Mônica Vitória

Retirado do site: Bolsa de Mulher

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Eu quis te ter como sou... Mas nem por isso ser sua...

Novo ano............... mais começando do velho............ levando algo sem futuro.......
Por pura carencia.......... por ter me sentido rejeitada.............
Usando e abusando da sorte de ter atenção.......
"Eu quis te ter como sou... Mas nem por isso ser sua..."
Meu Amor Se Mudou pra Lua
Paula Toller
Composição: Nenung

Cai a tarde sobre os ombros
Da montanha onde me largo
O dia não foi!A noite o que será?
Meus cabelos pela grama
E eu sem nem querer saber
Por onde começo
E onde vou parar?...
Na imensidão da manhã
Meu amor se mudou pra lua
Eu quis te ter como sou
Mas nem por isso ser sua...(2x)
Vou adiante como posso
Liberdade é do que gosto
O dia nasceu
Azul à sua forma
Já não quero mais ser posse
Fosse simples como fosse
Um dia partir
Sem ganchos nem correntes...
Façamos um brinde
Façamos um brinde
À noite que já vai chegar
Façamos um brinde
Façamos um brinde
Ao vento que veio dançar...
Na imensidão da manhã
Meu amor se mudou pra lua
Eu quis te ter como sou
Mas nem por isso ser sua...(4x).
Na imensidão da manhã...